Viagra Feminino

Addyi: o “Viagra feminino” agora para mulheres pós-menopausa?

Addyi – Viagra feminino: Nos últimos meses, uma notícia chamou atenção no mundo da saúde sexual feminina: a autoridade reguladora de medicamentos dos EUA (FDA) aprovou a expansão do uso de um comprimido conhecido popularmente como “Viagra feminino” para incluir mulheres que já estão na pós-menopausa — especialmente aquelas com até 65 anos que sofrem com baixo desejo sexual que causa sofrimento significativo.

O nome comercial desse medicamento é Addyi, cujo princípio ativo é a flibanserina. Apesar do apelido, ele funciona de forma muito diferente do Viagra tradicional — e sua eficácia e segurança continuam sendo discutidas pela comunidade médica.


O que é Addyi (flibanserina)?

Addyi é um medicamento não hormonal que foi criado para tratar o transtorno do desejo sexual hipoativo (HSDD) em mulheres que sentem queda persistente da libido, e que isso provoca sofrimento pessoal ou dificuldades no relacionamento.

Tradicionalmente este transtorno é diagnosticado após descartar causas como:

  • problemas de saúde mental,
  • dificuldades no relacionamento,
  • efeitos colaterais de outros medicamentos.

Diferentemente dos medicamentos masculinos para disfunção erétil, que agem no corpo, o Addyi atua no cérebro, influenciando neurotransmissores como dopamina e serotonina para estimular sinais de desejo sexual.


Como o Addyi funciona?

  • Administração: comprimido oral de 100 mg, tomado uma vez ao dia, antes de dormir.
  • Mecanismo de ação: atua sobre substâncias químicas no cérebro associadas ao desejo sexual, não diretamente sobre órgãos genitais.
  • Tempo para efeito: pode levar semanas até que alguns efeitos sejam observados.

Nova aprovação para mulheres pós-menopausa

Recentemente, o FDA ampliou a indicação do Addyi para incluir mulheres que já passaram pela menopausa (até cerca de 65 anos), que enfrentam redução do desejo sexual e sofrimento relacionado. Estudos clínicos mostraram que, em média, mulheres que tomaram o medicamento relataram um leve aumento no desejo e em eventos sexuais satisfatórios por mês, em comparação com placebo.

Essa decisão representa um avanço para muitas mulheres que sofrem em silêncio com questões de libido após a menopausa — um período em que alterações hormonais, emocionais e físicas podem influenciar negativamente o interesse sexual.


Eficácia: o que os estudos mostram?

Os efeitos do Addyi são modestos para muitas mulheres. Algumas análises das pesquisas clínicas indicam que o aumento do desejo sexual ou de relações satisfatórias pode ser pequeno e variar bastante de pessoa para pessoa.

É importante saber que:

  • Addyi não funciona como um “remédio mágico” que restaura instantaneamente o desejo. Drugs.com
  • Os efeitos são variáveis e nem todas as mulheres percebem benefícios significativos.

Possíveis efeitos colaterais

Como qualquer medicamento, o Addyi não é isento de riscos. Entre os efeitos mais relatados estão:

Uma recomendação importante é não consumir bebidas alcoólicas perto do horário de uso, pois isso pode aumentar o risco de queda acentuada da pressão arterial e desmaios. Addyi® (flibanserin) | Official Site

Outras restrições incluem evitar o uso com certos medicamentos que interferem no metabolismo do Addyi, e não usar se houver problema grave no fígado.


Addyi no Brasil: está disponível?

Até o momento, o Addyi não está aprovado pela Anvisa para uso no Brasil. Isso significa que não é comercializado oficialmente nem receitado por ginecologistas ou médicos brasileiros sem importação específica ou estudo clínico. Para mulheres interessadas no tratamento, é fundamental consultar um ginecologista ou profissional de saúde qualificado antes de considerar qualquer uso. (informação geral; consulte especialistas locais para atualizações).


O que considerar antes de usar

Antes de pensar em Addyi ou qualquer tratamento medicamentoso para a libido, é essencial:

  • Determinar a causa da queda de desejo — fatores emocionais, relacionamento, estresse, alterações hormonais e saúde geral podem influenciar;
  • Consultar um profissional de saúde para diagnóstico adequado e avaliação de riscos;
  • Considerar terapias complementares, como terapia sexual, aconselhamento de casal ou mudanças no estilo de vida, que muitas vezes trazem resultados duradouros;
  • Entender que a saúde sexual é multidimensional, envolvendo corpo, mente e contexto relacional.

Conclusão

O Addyi representa um dos primeiros esforços científicos sérios para oferecer uma opção farmacológica dirigida ao desejo sexual feminino, inclusive agora para mulheres na fase pós-menopausa. No entanto:

  • seus efeitos são modestos e nem sempre significativos;
  • efeitos colaterais importantes;
  • ele ainda não está aprovado no Brasil.

A saúde sexual feminina envolve fatores biológicos e psicossociais complexos, e soluções eficazes normalmente resultam de um trabalho conjunto entre médico, terapeuta e paciente, considerando não apenas medicamentos, mas também aspectos emocionais e relacionais.

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